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HISTÓRIA

dos Moradores

Os moradores do Mário Dedini são uma parte permanente, os nomes daqueles que batalharam para que o bairro surgisse estão gravados em paredes, placas, murais, na fala e memória de quem repassa sua história.

O varejão tem o nome de Maria Eva Ferreira Francisco, conhecida como “Dona Eva” e por ser uma mulher de fé que construiu seu próprio canto – onde moram seus familiares – e arranjou tempo e força para auxiliar na construção da igreja “Sagrada Família” e outras casas que precisavam de auxilio. Eva faleceu aos oitenta e dois anos deixando saudade.

Placa do Varejão (Foto: Julya Zani)

“Já faz vinte anos que estamos nesse bairro. Praticamente fomos nós que fundamos o bairro. Assim que fizemos a casinha nossa. Numa luta muito dura. Não tinha água, não tinha luz ainda. Assim que erguemos as casinhas, já viemos morar. Não tinha nada. Outras pessoas do mutirão continuaram trabalhando nas outras etapas. Havia um local onde nos reuníamos para o almoço, era no barracão, bem no meio do quarteirão. Eu, morando sem água e sem luz, era ali que pegava a água. Tinha um bico de luz da vizinha da Lola, a Rita. Tinha poucas casas nessa parte do mutirão. A Rita pegou esse bico emprestado de uma vizinha e ela passou um bico de luz pra mim.” fala Rosangela Aparecida Sampaio, “Zanza” ao se lembrar do mutirão.

Zanza (Foto: Julya Zani)

Sobre o início do bairro - Zanza
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Sobre os mutirões - Zanza
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“Nós que construímos, trabalhamos. Aprendi a fazer reboque” comenta a missionária Lola - Rosangela Aparecida Alves de Andrade.
“O bairro todo é uma grande família. A gente lutou, batalhou, sofremos muito, mas valeu a pena. A semana inteira e de sábado e domingo trabalhávamos aqui” complementa Zanza.

Lola (Foto: Julya Zani)

Quem está no bairro desde o início, sabe o quanto o Mário Dedini é rico em cultura. Rosângela Aparecida Agostini, que mora no bairro há quase 20 anos, dá uma sugestão para que se aproveite os artistas que moram lá. “Falta a secretaria usar mais o pessoal que tem no bairro. Nós sabemos que no bairro tem artistas, cantores sertanejos, poderia estar usando isso.” Ela também sugere que se use também as senhoras que fazem artesanato e de forma geral, todos os artistas do bairro, ao invés de pagar um professor de fora para ministrar as aulas.

Texto: Lucia Teodoro

Tikinho - Presidente da Associação de Moradores

O presidente da Associação de Moradores do bairro, Thiago Rosa Martins, mais conhecido como Tikinho, possui papel importante no mutirão do bairro. Tendo chegado na região com idade próxima de 15 anos é alguém que desde de o principio se mobilizou em benefícios para o bairro recorrendo a prefeitura municipal. Já concorreu com várias chapas nas eleições da Associação, pertencendo há 11 anos entre funções que alternaram de vice-presidente para atual presidência. Ele recorda que antes havia somente o SESI onde agora tem ao redor muitas moradias, anos atrás só tinha mato.

Tikinho (Foto: Emily Gomes)

O material fornecido pela EMDHAP, parceira da prefeitura, foi entregue as famílias que participaram do mutirão. Incluindo atividades da própria associação, ele [Thiago] contribui em várias outras atividades como arrecadação de alimentos para os demais bairros (Bosque, Gilda além do Mário Dedini), busca melhorias como farmácia, pronto-socorro e outras necessidades da comunidade. Nesta mobilização em prol dos demais, ele e outros próximos acreditam que uma pessoa que ocupasse um cargo público e reconhecesse o que as pessoas dali passam traria muitas mudanças, o que justifica a intenção de sua candidatura a vereador. O projeto Iluminados pelo Esporte também, ele atua como treinador de futebol há 15 anos, onde crianças ficam meio período na escola e outra no campo, cerca de 150 crianças e jovens se beneficiam. Outro ponto no qual concorda, além da necessidade de mais ação pública no atendimento às necessidades, há também a valorização local, onde vê descrédito por parte dos responsáveis que estão à frente. Quanto ao esporte, poderia incentivar talentos - "eles pagam um atleta de fora[...]do que valorizar os atletas nossos" relata.

Texto: Emily Gomes

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